Full width home advertisement

Post Page Advertisement [Top]


Aline, Erick e Eduardo começaram a subir a escada.

Os degraus continham detalhes interessantes e em alguns pedaços pareciam conter letras, o corrimão era bonito eles não poderiam negar. Todos os enfeites da escada parecia feito a mão.

Aline tentando descontrair, fala sorrindo:

- Queria uma escada assim, imagina que luxo descer essas escadas com um vestido azul piscina.

Eduardo a olhou de um jeito brincalhão e disse:

- Azul piscina? Achei que só existia azul claro e escuro.

Aline revira os olhos e retruca:

- Homens só enxergam doze cores.

Erick não se conteve e gargalhou dizendo:

- Isso por que mulheres são frescas. Não parecia que essa escada era tão longa lá de baixo.

Aline cutuca o braço de Erick e fala:

- Para de reclamar seu sedentário.


Erick se defende:

- Sedentário não, eu economizo energia.

Ao chegarem ao topo da escada, se depararam com um corredor com três portas, as paredes eram roxas, não tinham nada haver com a pintura e decoração do térreo. Parecia até um outro lugar. As portas pareciam frágeis de longe, então decidiram chegar perto e tentar abri-las.

A primeira porta parecia trancada, mas com um simples toque e giro rápido na maçaneta a porta se abriu para um cômodo que parecia um quarto de criança. Lá dentro só tinha uma cama com lençóis azuis, alguns carrinhos espalhados próximos a parede e sem nenhuma janela.

Erick respirou fundo ao falar:

- Parece claustrofóbico. Acho que a criança não devia gostar daqui.

Eduardo se pronunciou indo para a próxima porta:

Bem, aqui não tem nada.

A segunda porta parecia fria e dura, essa deu um pouco mais de trabalho para abrir. Quando abriram a porta, o quarto parecia branco  e acolchoado. A única luz do quarto parecia vir de uma janela pequena no canto superior direito. No interior dava para visualizar uma cama, uma cadeira verde com almofadas, um abajur na mesa de canto e um enorme tapete branco peludo.

Aline logo Elogiou:

- Quarto grande, bonito e assustadoramente limpo.


Erick resmungou:

- Limpo até de mais para um lugar que há anos não é frequentado.


Eduardo avança dentro do quarto e pergunta a ninguém em especial:


- O que é aquilo?

Ele apontava para algo encolhido ao lado da cama entre a mesa e a parede, parecia algo sólido. Se moveu. Foram alguns centímetros quase imperceptíveis mas Eduardo notou.

A figura começou a se mexer e Aline pigarreou:

- O que é isso?!

Assim que ela fechou a boca escutaram gritos vindos do andar de baixo, quando retomaram o foco do quarto a figura havia desaparecido deixando em seu lugar duas almofadas empilhadas.

Erick fala um pouco alarmado:

- Era só almofadas... nossos olhos nos enganam as vezes. Aquele grito foi a Megui, não foi?

Eduardo logo se apressa:

- Não sei, mas é melhor irmos ver oque aconteceu.

Eles se viraram para sair do quarto. Assim que chegaram próximos a porta, no instante em que Aline colocou a mão na maçaneta para fechar a porta, escutaram um choro de dentro do quarto. 

O choro vinha do lugar onde as almofadas estavam empilhadas, com uma rápida olhada, Aline percebeu que era uma criança. A criança começou a se levantar devagar, chorando, ela murmurava algo que eles não entendiam.

Aline se espantou dizendo:

- Erick, Edu olhem lá, é uma criança...

Todos se entreolharam, mas, o espirito humanitário falou mais alto e esqueceram dos gritos que ecoaram pelos corredores e entraram novamente no quarto atrás da criança. Assim que pisaram no grande tapete o choro cessou, e a criança se virou para eles. Era uma menina que aparentava ter não mais que cinco anos, ela  tinha os cabelos castanhos na altura do ombro, olhos verdes, vestia uma camisola rosa e estava abraçando um ursinho branco, seu rosto estava molhado e seus olhos avermelhados de tanto chorar.

A menina parou de chorar e perguntou em meio a soluços:

- Como sabia onde eu estava? A mamãe disse que não ia demorar, ela falou que eles não podiam fazer nada...  


A menina olhou para o chão e voltou a chorar dizendo:

A mamãe não quer que eu os veja... mas eu sei onde eles estão... eles me disseram que alguém ia vir aqui hoje me buscar... não deixe ele me levar por favor...

Confusão passou pelos olhos dos jovens, mas Erick foi o primeiro a falar. Ele tentou ser o mais gentil que conseguiu.

- Oi garotinha, meu nome é Erick... onde está sua mãe? Qual seu nome?


A garotinha soluçando responde:

- Emma... A mamãe não gosta que eu fale o nome deles... não quero que ela fique brava comigo. 

Erick começa a se aproximar e tenta confortar Emma dizendo:

- Olha não chore tá legal? Vamos te ajudar, só me diga onde sua mãe está e porquê esta chorando. 

A menina correu em direção a ele e o abraçou começando a chorar, e explicou que sua mãe estava com ela no quarto quando escutaram alguém entrar na casa.

Emma olhou para Erick encontrando palavras para explicar:

- Escutamos gritos vindos da cozinha e a mamãe mandou eu ficar quieta aqui enquanto ela ia ver o que era... mamãe falou que homens maus tinham entrado aqui e que se me achassem fariam coisas ruins... 


A menina conclui e o olha em confusão. Erick percebe e logo pergunta:

- O que foi Emma? 


Ele recua.

- Vocês são os homens maus... cadê a mamãe? O que vocês fizeram? Os gritos...  

MAMÃE!!!!


A menina se desespera, e dessa vez Aline toma a frente.

- Calma, não so...

Aline começou a falar mas foi interrompida pela garotinha que agora havia parado de chorar e falava com ela.

- Cala a boca Vadia imunda!

A menina agora estava na frente deles e não chorava mais, seus olhos começaram a mudar para um tom negro. Ninguém sabia o que estava acontecendo até a menina começar a falar novamente, mas, agora com uma voz mais adulta.

- Moleques idiotas... Acham que podem invadir a casa dos outros e ficar por isso mesmo? Deveriam ter ido embora quando tiveram a chance.

Ao mesmo tempo em que ouviram a voz de Megui gritar o nome deles a menina no quarto começou a rir histericamente.

Assim que Aline se virou para olhar Eduardo que estava ao seu lado, ela percebeu que havia algo estranho no menino. Ele não respirava e seus olhos estavam arregalados.

Aline tentou chamar.

- Edu...

Aline pronunciou seu nome pela metade, a tempo de ver seu amigo a olhar e sangue escorrer pelas laterais de sua boca manchando o tapete. Erick estava em Choque com olhos fixos em Eduardo que agora caia.

Antes que Alice ou Erick pudesse segurar o amigo, viram em questão de segundos o corpo sendo arremessado contra o teto. Assim que o corpo de Eduardo chegou ao chão a menina gemeu. Algo agarrou o pé do garoto e o arremessou contra a parede perto da cama. Aline gritou de horror quando a parede branca ficou manchada de vermelho.

O corpo de Eduardo caiu em cima da cama e Erick gritou de horror a medida que a partir do umbigo de Eduardo começava a abrir um buraco e sangue escorria manchando suas roupas e lençóis.

O buraco se intensificou e Aline e Erick tiveram a Visão do tórax sendo separado do resto. 

Neste momento Erick agarrou os braços de Aline e a forçou correr para o corredor fechando a porta atrás de si.
Não perca o próximo capítulo : Fuga Fracassada !!.
Escrito por: Camila Cruz

Um comentário:

O NEA agradece o seu contato, responderemos em breve!

Continue navegando pelo nosso blog e conheça nossas redes sociais
--------
https://www.facebook.com/naoentreaqui.blogspot
-------
https://www.instagram.com/nea.ofc/

Bottom Ad [Post Page]