O Bebê Azul

No inglês, algo denominado “azul” relaciona-se com tristeza e melancolia. Mais popularmente conhecida por Baby Blue, trata-se de uma lenda urbana de invocação que carrega uma trágica história por trás de sua criação. Assemelha-se em muitos aspectos à famosa Bloody Mary, ou Maria Sangrenta como costuma ser chamada aqui no Brasil. É uma lenda de várias versões e diferentes rituais a serem executados, mas aqui trarei um resumo do que eu julgar mais relevante e “verdadeiro” para vocês.

Tudo começa com uma mãe e seu filho, um bebê de pouco tempo. Enquanto ela o estava banhando em casa, a mulher teve um surto. Quebrando o espelho do banheiro, teria matado o seu próprio bebê a sangue frio com um dos pedaços afiados. Diz-se que a mãe seria psicótica ou psicopata, mas há na realidade diversos casos severos de depressões pós-parto que podem levar a um incidente desse gênero. No entanto, deve-se lembrar que a mulher não seria uma assassina sanguinária nesse caso, mas uma vítima acometida por uma doença mental que a levou a atos extremos. Há também uma condição psicológica chamada baby blues, que leva a mãe a ter sentimentos de melancolia e grande tristeza, porém são passageiros e mais leves.

(Google Imagens)

Ao ter a criança morta, é aí que começa a história do ritual que, acreditem ou não, é realizado em diversas partes do mundo. Não se sabe o verdadeiro nome da criança, por isso foi apelidada de Baby Blue. Segundo a lenda, o invocador deve trancar-se em um banheiro e embaçar o espelho, seja com a água quente do chuveiro ligado, ou com a própria respiração. No espelho embaçado, escreve-se “Baby Blue” e as luzes devem ser desligadas. O invocador deve pronunciar "Blue Baby, Baby Blue" como em um cântico por treze vezes sem errar enquanto estende os braços como quem segura um bebê.

Após esse ato, logo seus braços sentirão um peso repentino; ele está lá para você, pois fora chamado. O invocador agora o tem em seu colo, mas o bebê ficará cada vez mais e mais pesado, até que não consiga suportar. Há quem diga que, se o deixar cair por conta desse peso, o espelho se quebrará. Talvez você morra, talvez não. Há também versões que acrescentam o fato de o bebê ter garras, e que ele quererá arranhar você tão fundo ao ponto de poder acertar uma artéria; aí sim você morreria.

Outra versão afirma que, quando o bebê estiver pesado demais, você deve jogá-lo no vaso sanitário e dar descarga, saindo rapidamente antes de completarem 30 segundos. Se não conseguir fazer isso ao término do tempo, uma mulher horrenda surgirá gritando alto o suficiente para quebrar o espelho: "Devolva o meu bebê!". É quando você seria morto pela mãe da criança caso ainda estivesse segurando o filho dela.

Quer tentar a sorte e invocar um bebê fofinho para assombrar os seus pesadelos mais doces? Talvez ele se acalme caso você cante uma canção de ninar, e sua mãe termine simpatizando pela sua gentileza.

Ah, uma nota: Há quem acredite que a mãe do bebê seja a própria Bloody Mary. Vamos conferir?

Escrito por: Milena Câmara

Referência: Clã do Terror, Fatos Desconhecidos,

Momohigurashi, Revista Crescer

De: Não Entre Aqui