Um dos maiores mistérios policiais.
Fonte: Mortalha
O mundo está repleto de casos policiais que nunca foram resolvidos e se perpetuam na História como verdadeiros mistérios. Mas um dos casos mais desconcertantes é certamente este: quem era o menino da caixa?
Seu rosto tornou-se conhecido em uma tarde de 25 de fevereiro de 1957, quando um viajante que passava na estrada Susquehanna, na Filadélfia, notou uma caixa com letras vermelhas que diziam: “Mobiliário frágil, não abra com a faca”.
Originalmente, a caixa era de um berço, mas, ao abrir, o homem se deparou com algo completamente diferente. A princípio, ele acreditou que se tratava de uma boneca, mas o que ele havia encontrado era o cadáver de uma criança. O garoto estava sem roupas e enrolado em um cobertor. Tinha pouco mais de 1 metro e pesava menos de 14 kg, o que é muito pouco para uma criança desta altura.
Fonte: Mortalha
Foi encontrada uma substância escura em seu esôfago, mas ele não tinha comido antes de sua morte. Devido às contusões, o médico legista determinou que a morte foi causada por golpes na cabeça.
Fonte: Mortalha
Havia muitas pistas a seguir: primeiro, a polícia tentou descobrir a identidade do garoto, mas nenhuma criança do seu tamanho estava na lista de desaparecidos; depois, eles buscaram impressões digitais em hospitais, mas nenhuma correspondia à do menino; milhares de cartazes e panfletos foram distribuídos, mas ninguém entrou em contato com os oficiais.
Sem ver muitas saídas, a polícia chegou a fotografar o garoto com diferentes tipos de roupas que ele poderia ter usado em vida, na esperança de que alguém se lembrasse dele. Nem assim surgiram novas pistas.
A caixa também foi rastreada, mas a investigação se deparou com outro beco sem saída: quem comprou o berço pagou em dinheiro, não deixando nenhuma identificação.
Uma testemunha apareceu e relatou que, um dia antes de o corpo ser encontrado, viu uma mulher e uma criança na estrada e perguntou se eles precisavam de ajuda. Ela apenas acenou negativamente.
Detetives sondaram famílias da região, principalmente as que tinham mais filhos do que poderiam sustentar. Alguns rumores levaram a uma mulher que tinha nove filhos e já havia respondido a uma acusação por ter despejado o cadáver de uma das filhas no lixo depois que ela morreu de causas naturais.
Em julho de 1957, os oficiais responsáveis pelo caso resolveram pagar um funeral para a criança. O epitáfio simples, gravado em pedra, dizia “Pai Celestial, abençoe este garoto desconhecido”.
O caso foi, aos poucos, esquecido pela população e pelos policiais, com a exceção do investigador legista Remington Bristow – ele não podia deixar que aquilo acabasse assim.
Durante o seu tempo livre e com o seu próprio dinheiro, ele procurou pistas e chegou a consultar médiuns, buscando alguma luz sobre a identidade do garoto. Bristow estava certo de que o pequeno morava em um lar adotivo, mas acabou morrendo, em 1993, sem saber a verdade.
Cinco anos mais tarde, o corpo foi exumado e o seu DNA, levado para testes. Mesmo com os avanços neste campo, o exame não resultou em nada novo.
Em 2002, um psiquiatra de Ohio contatou a polícia da Filadélfia e contou que um dos seus pacientes lhe disse que sabia como o “garoto da caixa” havia morrido. Em uma das sessões, a mulher revelou que seus pais, ambos educadores, tinham comprado a criança para usar como um brinquedo sexual.
Fonte: Mortalha
Há alguns dias, o canal NBC publicou o que pode ser um ponto final no mistério. Dois investigadores descobriram uma importante informação que pode conectar as histórias desta trama: um homem relatou que sua família alugou uma casa para um homem que vendeu o filho. Eles localizaram a família e conseguiram retratos dele que, supostamente, seria o pai e de um dos irmãos da criança. Especialistas analisaram as imagens e afirmaram que existem muitas coincidências na fisionomia dos três. Porém, é preciso esperar o resultado do exame de DNA.
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