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Há quem diga que existem dois tipos de pessoas: as “fofas”, alegres e felizes com as sutilezas coloridas e brilhantes da vida; e as “mórbidas”, que admiram e se dedicam ao lado sombrio e muitas vezes negativo de tudo o que a vida tem a oferecer. Enquanto essa visão simplista de yin e yang pode agradar alguns, por que não unir ambos os lados? É o que a artista singapuriana Lim Qi Xuan faz, mais conhecida por QimmyShimmy, seu apelido na web.

(Google Imagens)

De 26 anos, suas esculturas têm atraído a atenção de diversos jornais pelo mundo. Seu Instagram já conta com mais de 90.000 seguidores, e esse número continua a crescer. Nascida e crescida em Singapura, porém agora moradora da Holanda, foi graduada pela Escola de Arte, Design e Mídia da Universidade Tecnológica de Nanyang em 2014.

De onde vêm os bebês
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Costuma trabalhar com agências e start-ups como diretora de arte e designer gráfica, mas procura conciliar seu trabalho com suas criações fofíssimas e perturbadoras: “Minhas sensibilidades estéticas têm sido moldadas pelo meu amor por histórias fantásticas, curiosidades da antiguidade, viagens no tempo e meu anseio pelos mundos natural e imaginário”, é o que ela diz. “Uma designer durante o dia e uma artista ao cair da noite, eu alimento minhas duas paixões com cafeína e sonhos ainda maiores.

Apetitosos?
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Seus trabalhos, geralmente feitos com argila, papel e resina, vão desde cabecinhas de bebês a outros pedaços de corpos, cérebros, corações e fetos. A criatividade de Xuan flutua para além do senso comum e, com o apoio de objetos cotidianos, mescla a delicadeza, o apelo emocional e o calor orgânicos com a inanidade de pães, livros e máquinas de balas.

Contos de fadas, por que não?
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Tanto quanto o meu trabalho possa assustar as pessoas às vezes, elas sempre podem se relacionar de uma maneira ou de outra. Associam os meus trabalhos a temas como a mortalidade, ou à nossa relação com outras criaturas vivas.” Suas esculturas são tão realistas que alguns se perguntam se as asas de seus bebês-fadas foram retiradas de libélulas, quando são na verdade feitas de papel.

Doce doce doce *-*
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Eu acho que as cabeças de bebês são atraentes para mim porque elas carregam consigo um senso de vulnerabilidade e fragilidade, mas ao mesmo tempo parecem um tanto mórbidas e desconfortantes.” Quem imaginaria cabecinhas infantis como deliciosos macarons? Ou enrolados em plástico para doces! “Eu gosto como a minha arte tem essa tensão similar; de apresentar algo precioso e adorável, mas com esses pequenos elementos que te dão calafrios.”

Hora do lanche?...
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A sua mãe se tornou uma espécie de crítica de suas obras. Ambas conversam antes de as esculturas serem feitas, e depois a sua mãe as avalia em questão de detalhes e proporções. Embora possa ter se assustado no início, a senhora Tan Ai Tin acredita que o trabalho de sua filha é especial: “Arte é sobre encontrar aquela voz única que irá parar as pessoas e fazer com que elas te escutem.” No entanto, Qi Xuan é um tanto realista: “Não acho que minhas esculturas sejam do tipo que as pessoas queiram ter em suas salas de estar”.

Um sorriso pra você!
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O que você pensa a respeito dessas obras artísticas? Tem algum tipo de interpretação única e pessoal para compartilhar conosco? Eu particularmente as adoro e não vejo problema nenhum em tê-las expostas na minha sala. Aliás, adoraria ter algumas adoráveis cabecinhas nas prateleiras de meu quarto, hehe! Você pode ver mais no site da própria QimmyShimmy e em seu Instagram.

(Google Imagens)


Escrito por: Milena Câmara
De: Não Entre Aqui

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