Há quatro anos, perdi minha sanidade por completo. Se é que eu tinha uma.
Enquanto escrevo isso, estou numa sala com cheiro de urina, sentado numa poltrona com vestígios de vômito e baba de idoso. Pois é, a vida é bela.
Tenho 34 anos. “Novo” você pode pensar, para estar num manicômio. Mas é que a vida me tirou o direito de viver muito cedo. Com 30 anos, eu era um médico-legista.
Sempre gostei muito da minha profissão, apesar de afastar as mulheres um pouco. Nessa época, eu conheci o Sr. P.G., um homem de 40 e poucos anos.
Ele era adorável. Com seu food truck de pizzas, conquistava todas as crianças do bairro. Os adultos gostavam de suas pizzas, mas para as crianças, aquilo era absurdamente mágico.
Admito que fiquei chateado quando o Sr. P.G. se mudou para o outro lado do mundo. Seu negócio se expandiu tanto que as crianças japonesas estavam implorando por suas pizzas. O sucesso e a mídia o esperavam. Com toda a crise, ele teve que deixar sua pizzaria móvel para ser segurança noturno de uma pizzaria. Pelo menos ele não deixou, de fato, seu ramo. Bom, mas o ponto interessante não é esse.
Assim que ele conseguiu esse “bico” como emprego, sempre mandava notícias para nós da cidade através de correspondências.
Mas, certo dia, sua correspondência usual não chegou. O que chegou, na verdade, foi um cadáver infantil. Ficamos perdidos. O que significava aquilo? Uma brincadeira besta? Sr. P.G. sempre teve um humor incontestável. Eu achei aquilo fascinante. É um pensamento psicopata, mas eu nunca imaginaria que o Sr. P.G. seria capaz de algo grande.
Como legista, a polícia local me deu a tarefa de examinar a pobre criança. O que será que aconteceu com o Sr. P.G.? E será que ele fora o responsável? Com muitas perguntas e poucas respostas, depois de determinar a causa da morte da criança (estrangulamento e fratura de todos os ossos), decidi visitar o Sr. P.G.
Ele estava num manicômio, prestes a ser eletrocutado até a morte. O FBI decretou pena de morte por seus crimes hediondos. Ele havia matado seis crianças enquanto trabalhava na pizzaria. Muitos pais começaram a desconfiar dele, pois ele vivia cheirando putrefação e estava sempre com aquele sorriso psicótico para as criancinhas inocentes que ali festejavam. E aí começaram as denúncias e as comprovações das mesmas.
Ele fora demitido um mês depois de entrar na pizzaria, por agredir um funcionário que trabalhava no buffet da pizzaria. Após isso, ele torturava os novos guardas noturnos, com ligações sinistras e desafios bizarros, além de sempre disparar a frase “eles adoram carne nova!”. “Eles quem?”, pensei.
Fui até a tal pizzaria. Me ofereci para ficar uma noite como guarda. Me arrependo de o ter feito.
O trabalho era simples. Ficar vigiando as câmeras da pizzaria. Das 00h as 06h, foi tudo tranquilo. Quer dizer, tranquilo é como descrevo os ataques. Animatrônicos de 2m de altura me torturavam, me faziam matar. Me fizeram um monstro. E aquele telefone maldito... Não parava de tocar. Eu decidi fazer jus ao meu nome. Matei todos eles. Matei-os novamente. Sr. P.G. começou o massacre, e era meu dever continuar. Aquelas miseráveis almas tiveram o que mereceram. Sempre odiei todas elas. Terminei o que o Sr. P.G. não foi capaz de finalizar. E eu amei.
Antes de me pegarem, consegui ficar mais um tempo próximo à pizzaria. Eu precisava de mais almas. A cada criança que se perdia dos pais, eu as acolhia e mostrava meu Golden Freddy. Ele sempre foi muito receptivo com carne fresca. E eu sempre fui mestre em abrir corpos. Formávamos a dupla perfeita. Exceto que só pode haver um assassino.
Bom, resumindo... Estou num manicômio prestes a ir para a cadeira elétrica. O Sr. P.G. está me encarando, orgulhoso. Ele falecera há quatro anos, mas está me olhando. E rindo. Ele conseguiu me sugar para seu mundo insano. Conseguiu colocar na minha mente os gritos das crianças, os sons de ossos se quebrando. Sinto o cheiro de sangue a cada respirada. Eu estou mais satisfeito do que nunca.
O lugar mais divertido do mundo... Freddy Fazbear’s Pizza. Freddy, Bonnie, Chica, Foxy, Mangle, Golden Freddy… Todos morrem comigo. Os animatrônicos foram minha atração e eu adorei quebra-los. Eu sou a maldição. Eu sou o Purple Guy.
Fonte: Creepypasta Brasil
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