Caso Olívio Corrêa

Olá Pessoas, hoje eu trago aqui um caso acontecido em 1995, na cidade de Estância Velha, RS. Essa cidade fica bem perto da cidade onde moro, e apesar de na época ter dez anos de idade, me lembro bastante da repercussão, meu pai tinha um bar naquela época, e lembro que por muito tempo esse era o único assunto que predominava, tanto nas conversas de bar como também em toda roda de chimarrão, grupo conversando, etc.

Esse caso foi arquivado por falta de provas, e por conta disto os responsáveis nunca foram encontrados, o senhor Olívio faleceu a alguns anos, sem saber quem foram os responsáveis por tal agressão.

Como o fato na realidade nunca foi totalmente esclarecido, ficam rolando diversas versões, e isso não diminui o caso, pois o próprio senhor Olívio, na época do acontecido, deu diferentes versões para o que aconteceu, mas o fato principal não muda, pois, o senhor Olívio Corrêa, na noite de 11 de novembro de 1995, foi atacado e teve seus dois olhos retirados de forma cirúrgica.

Antes de iniciar os relatos, preciso deixar algumas explicações, pois ao meu ver elas são válidas para o desenrolar dos fatos.

O senhor Olívio vivia na área rural de cidade de Estância Velha, ele trabalhava no campo, e pelo que li em algumas matérias, ele também era o caseiro da chácara onde vivia. Para quem não sabe, caseiro é alguém que é contratado para morar e cuidar de alguma propriedade.

Ele vivia com sua esposa e filhos.

Normalmente, em áreas rurais, aqui no Rio Grande do Sul, existem comércios chamados de venda ou bolicho que são locais onde se vende de tudo, normalmente ficavam no interior dos municípios, e assim para não precisarem ir até a cidade para fazer alguma compra, os moradores recorriam a essas vendas. Normalmente esses locais também serviam bebidas alcoólicas, ou sejam eram um ponto de encontro, tudo que precisasse teria ali para vender, e também se quisesse tomar umas com os amigos era ali para onde você ia.

O ano de 1995 parece nem ter sido há tanto tempo, porém, acreditem, era muito diferente do que é hoje em dia. O mundo mudou muito nesses vinte e poucos anos, então tenham em mente que informações e até mesmo o conhecimento não era tão fácil de achar, naquela época acho que câmera fotográfica era quase objeto de luxo, telefone em casa eram poucos que tinham, telefone celular eu acho que nem havia sido criado ainda, ao menos não existia nenhum para esses lados aqui.

Olívio era alguém muito humilde, e de pouco conhecimento, pois além do trabalho e do bolicho, sua única outra distração era um pequeno rádio a pilha. Diziam ali que o único carro que ele conhecia era o fusca, pois este era justamente o carro que o dono do bolicho possuía, e também conhecia motos, pois existiam alguns trilheiros que sempre que passavam pela região, pois aquela área de morro era um bom ponto para fazer trilha de moto.

Creio que com isso em mente podemos começar, caso preciso for, deixo mais explicações.

Primeira versão que eu li.

11/11/1995

Sábado à tarde, quase noite seu Olívio sai de casa com o intuito de ir ao açougue.

Em uma matéria que li, o repórter diz que essas foram as palavras de Olívio. Ele saiu de casa, e foi até a venda onde comprou o que precisava, e aproveitou para tomar um martelinho (nome dado aqui para um copo de dose de cachaça), e assim o fez, mas não parando no primeiro copo, pois como todos os dias, Olívio gostava de beber após o trabalho, mas desta vez ele demorou menos para ir embora, talvez pela compra que fez que era algo que precisava levar logo para a esposa em casa.

A noite já prevalecia, e Olívio começou o seu conhecido caminho até sua casa, mas após algum tempo de caminhada um carro parou e ofereceu carona, Olívio aceitou, e ao andarem alguns metros um dos tripulantes do carro diz:

— O senhor não precisa se preocupar, a única coisa que queremos são seus olhos.

Olívio diz que logo após isso sofreram o acidente.

Segunda versão que li.

11/11/1995

Nesta segunda versão, as coisas acontecem da mesma maneira que a anterior, mudam somente quando Olívio está a caminho de casa e o carro se aproxima, vejam como ele falou:

— eu estava indo andando pela estrada, quando vi um farol vindo, eu fui para a beirada da estrada, para não atrapalhar o carro na estrada, e então eu percebi que o carro não me passava nunca, olhei para trás e vi aquele fuscão com luzes fortes que chegavam a doer as vistas. Fiquei parado, e daí de dentro do fusca saíram três motoqueiros, eles me pegaram e levaram pra dentro do fusca, daí só me lembro da sensação de cair e da dor na costas e de tentar abrir os olhos e não conseguir.

Em uma outra versão Olívio diz que foi atacado por três homens que lhe deram uma paulada nas costas e em seguida puseram um pano molhado com algo muito forte no nariz e no rosto, e o jogaram para fora da estrada.

Sei de outras versões, algumas que o Próprio contou, mas vou me limitar a essas, pois as demais são apenas mais variações dessas versões. E em seguida comentamos sobre elas, vamos dar sequência aos fatos.

12/11/1995

Na manhã de domingo, dia 12, dois meninos que passavam pela estrada, muito próximo a casa de Olívio, encontraram um homem caído em um mato ao lado da estrada, chamaram alguns adultos para ver e ajudar, e logo reconheceram o senhor Olívio, que sentia muitas dores, e sangrava muito no rosto, foi chamada uma ambulância, ele foi levado ao hospital do município, onde foi constatado que ele além de haver perdido a memória, havia fraturado cinco costelas, e que isso nem era o mais grave. Mas devido à gravidade dos ferimentos nos olhos, foi prontamente transferido para o Hospital Banco de Olhos, um hospital referência em procedimentos nos olhos como seu nome indica.

Olívio deu entrada no Banco de Olhos, e o médico plantonista, ao observar as lesões resolveu leva-lo diretamente ao bloco cirúrgico, e ao começar os procedimentos, limpando o sangue no rosto do paciente, e ao abrir a pálpebra de Olívio se assustou, pois nunca havia visto algo igual aquilo, a crueldade feita com aquele senhor.

O médico então ligou para a polícia do hospital, e não teve condições de continuar a atender o paciente, pois aquilo realmente mexeu bastante com o médico.

Neste ponto a polícia entra na história e começa a investigar, mas então muita coisa acontece, muita coisa mesmo. Surge a possibilidade de os olhos de seu Olívio terem sido arrancados por alguma ave de rapina, mas isso foi rechaçado por médicos, surgiu a possibilidade de tráfico de órgão, mas isso também não fazia muito sentido, pois seu Olívio não se enquadrava como doador, pois além de tudo ele já tinha certa idade, bebia com frequência, entre outros impeditivos. Mas então um dos delegados envolvidos no caso, começou a seguir uma linha investigativa, e essa linha começou a levar a investigação para um lado sombrio, pois pelo que ele pôde averiguar, tal ato foi feito para um ritual de magia negra, e envolvia muita gente poderosa da região, mas então sem muita explicação esse delegado foi retirado do caso, que foi passado para uma delegacia da capital, que seguiu por outro caminho a investigação, e acabou arquivando o caso, com a conclusão de que Olívio havia perdido os olhos ao sofrer uma queda sobre uma cerca de arame farpado.

Meus comentários

Esse caso é sinistro, não pelo fato de ter sido feito por praticantes de magia negra, ou por alienígenas, ou por qualquer outra coisa, o fato de arrancaram os olhos de um homem é algo assustador, imagina o que o seu Olívio sentiu ao ser jogado num mato ao lado da estrada, machucado e sem os olhos.

As versões com diferenças, eu deixo a cargo do trauma, pois como foi feito é um mistério, mas o resultado é o mesmo.

Os ufólogos adoram a versão onde Olívio diz que um grande Fusca com uma luz forte aparece e dele descem três motoqueiros. E eu os entendo, pois para alguém com pouca cultura, ele vai comparar o que viu com referências que ele já tem, o grande fusca com luz poderia ser uma nave, os três motoqueiros deve ser a maneira que ele achou de explicar que desceram três tripulantes do óvni com capacetes.

Eu sinto que o delegado que foi afastado do caso já havia descoberto muita coisa, inclusive pessoas influentes na política da região deviam estar envolvidas, e infelizmente não veio à tona toda a história, e para ser sincero, creio que a verdade nunca aparecerá.

Vou deixar aqui alguns links onde vocês podem ver vídeos sobre o caso do senhor Olívio.

Extra

Se vocês ficaram chocados com o caso de Olívio Corrêa que provavelmente teve os olhos arrancados para serem usados em algum ritual de magia negra, fiquem sabendo que ao menos aqui na região existem muitos outros casos envolvendo o oculto, por assim dizer, um que me veio à cabeça agora, aconteceu em Novo Hamburgo em 2017, onde foram encontradas duas crianças esquartejadas em locais onde haviam construções, com o decorrer da investigação, o delegado responsável pelo caso saiu de férias e o que assumiu o caso fez um estardalhaço dizendo que havia resolvido o caso com ajuda divina, que Deus havia dito para ele o que fazer, e falou isso em uma coletiva de imprensa, virou piada, pois ele começou a agir de uma forma que nem o mais sem noção dos delegados do mundo faria, e parecia ser de propósito, como que para tirar qualquer credibilidade da polícia. Ao retornar de férias o delegado oficial do caso recebeu a notícia de que as testemunhas que tinham haviam mentido a mando de alguém que ofereceu muito dinheiro. No final das contas a história foi esquecida, mas uma coisa as testemunhas não podiam mentir, que é o fato de existir dois corpos de crianças esquartejados. Não sei se esse caso ainda é investigado em segredo, e espero que sim, mas o mais provável é que assim como o caso de Olívio, esse caso será engavetado sem que os culpados sejam punidos.

Link sobre matéria da reviravolta do caso das crianças esquartejadas:

Link

Fontes: Jornais Locais, G1RS, YouTube

Escrito: Mário Resmin Jr

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