Era dia 24 de Dezembro e Mari estava ansiosa pela noite. As horas do dia foram passando até que chegou a hora da ceia. Toda sua família estava presente, muita alegria e felicidade, além de uma farta mesa de comida e sobremesas.
Todos estavam empanturrados e, após a ceia, muitos de seus familiares se foram, cada um para seu lar, ficando apenas Mari e seus pais.
Já era quase meia noite e finalmente todos já estavam na cama para dormir, mas Mari não conseguia pregar os olhos, ela estava extremamente ansiosa pelo dia seguinte, quando finalmente veria o que o velhinho lhe trouxe.
Ela rolava para cá, rolava para lá, mas o sono não vinha...
Tentou contar carneirinhos e nada.
Ela pegou o celular e olhou, já era meia-noite e meia. Se levantou e foi a cozinha, estava com sede. Não pôde deixar de olhar para a árvore de Natal na sala de estar, a espera de que o Noel já tivesse passado por lá e deixado seu presente, mas não havia nada.
Mari volta para seu quarto, deita novamente na cama e suspira, torcendo para que o sono venha, mas está difícil – pensa...
Porém, quando menos espera, acorda com uns barulhos estranhos vindo debaixo, lá da sala de estar. Ela pula da cama e anda sorrateiramente, nas pontas dos pés descalços, em direção a sala.
Os barulhos vindos de lá ficam mais alto a medida que se aproxima e ela estranha o som. São sons abafados, seguidos de sussurros, alguns grunhidos... Mari começa a ficar assustada. Aquilo não parecia ser o Noel, e se fosse algum ladrão?
Ou até mesmo o Papai Noel do Mal?
Esse último pensamento pesou na mente de Mari e ela ficou incerta se deveria prosseguir até a sala ou não. Ela havia lido sobre o Noel do Mal no dia anterior, num desses blogs de terror. Ela adorava essas coisas, mas hoje estava com medo de que uma daquelas histórias fosse real.
Ela parou perto da entrada para a sala e esperou um pouco, tentando espreitar o que estava acontecendo naquela escura sala até que vê um vulto lá dentro.
Realmente havia alguém lá.
Mas Mari não olhou por tempo suficiente para ter certeza de quem era, até que ouviu um sussurro baixinho, seguido dum outro sussurro diferente do primeiro. Seria o Noel e seu ajudante? O que diabos estava acontecendo ali?
Não demorou e Mari tomou coragem, adentrou a sala de forma furtiva até que pudesse identificar duas silhuetas que estranhamente a assustaram.
Havia alguém sobre a mesa e alguém frente a essa pessoa.
Se fosse o Noel do Mal e um de seus capangas Mari estaria ferrada.
Mas convenhamos, ela mesma sabia que esse tipo de coisa não existe, e não hesitou em apertar o interruptor e acender a luz que lhe revelou algo terrível e que lhe atormentaria até o fim de sua vida.
Seu pai nu, frente sua mãe também totalmente nua em cima da mesa com as pernas abertas.
Mari tapou os olhos e voltou correndo desesperada para seu quarto, subiu a cama e se cobriu totalmente, isolando toda triste e cruel realidade do mundo.
Agora ela estava protegida de tudo ao seu redor, mas não das imagens que a atormentariam, tirando seu sono nas noites seguintes.
Nem mesmo o presente embaixo daquela árvore foi suficiente para trazer sua alegria novamente, e agora, sua inocência estava perdida.
Para sempre...
Escrito por: Alan da Cruz
Kkkkkk .. muito boa ..quem nunca ?
ResponderExcluirkkkkkkkk então
Excluir