NIGHT HOUSE - II - Permissão concedida

Todos chegaram perto da casa. 

Eduardo olhou em volta antes que todos subissem os degraus que dariam na varanda da casa. Ele reparou que o portão pelo qual entraram estava novamente trancado, seguiu esquecendo este detalhe.

Os degraus faziam barulhos estridentes a cada pisada. Normal uma casa velha fazer barulho mas os barulhos eram semelhantes a gemidos... De prazer...

Cada um dos visitantes resolveu ignorar, pois, em suas mentes eles acreditavam que cada um individualmente poderia estar escutando coisas, então,  resolveram deixar para lá.

Todos já na varanda da casa, Megui foi a primeira a se aproximar da porta. Eduardo a olhou de lado quando a escutou bater na porta e logo perguntou:

- Você não disse que não mora ninguém aqui?

Megui o olhou serenamente e com toda a certeza respondeu:

- E não mora.

Erick estranha a ação da menina e pergunta:

- Então porquê bateu? 

Megui com a expressão séria logo fala:

- Eu vi em um filme uma vez, que quando você chega em alguma casa abandonada precisa bater na porta para pedir licença aos antigos donos para entrar.

Todos olharam a expressão séria de Megui , então Alice debochou:

- Não estamos em um filme, então não é como se uma alma penada fosse aparecer e dizer ‘entrem amigos, bem vindos’ .

Megui fez uma expressão mais séria que o habitual e continuou, ela bateu três vezes na porta, pediu licença antes de abrir e entrou, seguida por Eduardo, Alice, Aline e Erick. 

Já dentro da casa, começaram a olhar em volta. Diferente do externo o interior da casa era velho e mal cuidado, os moveis estavam cobertos por panos que um dia foram brancos, mas hoje já estavam com buracos roídos e manchas estranhas que pareciam recentemente molhadas. 

A casa cheirava a Murta , meia suja e ferro. As paredes da casa estampavam um papel de parede pela metade e encardido, provavelmente pela água que escorria pelas paredes, isso explicaria as marcas de sujeira escorrida a partir do teto.

Assim que entravam, podiam notar no lado esquerdo da casa uma sala com dois sofás, uma mesa de centro com um vaso de flor em cima, uma cadeira de balanço mais ao canto e duas arandelas presas as paredes laterais, no chão ainda havia um grande tapete persa. Do lado direito não havia nada a não ser por uma porta aparentemente trancada.

Mais a frente do lado esquerdo dava para ver um portal sem a porta que daria para outro cômodo e logo a direita uma escada que levaria Deus sabe para onde. A escada em si era adornada no corrimão. Um adorno que aparentava ter sido talhado a mão. 

No andar superior via-se paredes em tons de roxo, algo que não combinava em nada com os tons neutros do térreo. Mas isso não importava agora.

Todos avançaram na curiosa casa, imaginavam como a casa poderia ter sido em seus anos bem cuidados, a casa parecia luxuosa e simples ao mesmo tempo.

Aline se adiantou em falar:

- Vamos dar uma olhada por ai.

Mas Alice apontando para as direções instruiu:

- Mas não sozinhos. Eu e Megui vamos olhar aquele cômodo.  Aline , Erick e Eduardo olhem o andar de cima.

Erick se apressou em lembrar:

- Caso precisem, podem gritar que descemos rápido.

Aline em tom despreocupado diz a Erick:

- Cara, não mora ninguém aqui há anos, não vai ter nada com que se preocupar.

Erick ergueu as mão e desenhou alguns círculos no ar dizendo:

- Exatamente! Não mora ninguém aqui a anos... algum sem teto ou drogado pode muito bem se esconder aqui dentro. De qualquer forma, se precisarem chamem.

As meninas assentiram e os grupos se separaram. Alice e Megui foram em direção ao cômodo sem porta, enquanto o restante se dirigia para a escada.

Com certeza eles iriam querer ficar juntos. Mas quem manda a vida ser uma comédia?

Não percam o próximo capitulo: O Terror Começa !!

Escrito por: Camila Cruz