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Imagem retirada do Google












Olá pessoas, hoje trago para vocês mais uma coisa estranha que aconteceu comigo, vou dar continuidade aos relatos pessoais dos colaboradores do blog. O fato que vou contar aqui, assim como o que contei anteriormente (telefone fantasma), pode nem ser sobrenatural, mas simplesmente estranho. Mas marcou boa parte de minha infância e juventude.



Não sei ao certo quando isso começou, mas sei que durou muitos anos, desde que eu era criança, até na adolescência. A forma que acabou é muito interessante, mas vou desenrolar a história para tudo ficar esclarecido.

Eu desde muito jovem sou corajoso, e digo isso com certeza, pois eu me forçava isso, e ser corajoso não é não ter medo, mas sim encarar o medo, e eu encarava. Meus pais me contam que desde pequeno, nunca tive medo do escuro, como é comum em crianças. Eu andava pela casa com as luzes apagadas tranquilamente, sempre gostei de histórias de terror, tanto que pedia para meus pais me contarem histórias, meu tio também me contava bastante dessas histórias. E por vezes até ia dormir em meu quarto com certo medo, mas não deixava esse medo me dominar, e logo o medo passava. Inclusive desde muito novo saia para acampar com meu pai e meu tio, e poucas pessoas sabem que o escuro na beira de um rio, cercado por água e árvores, faz o cérebro criar as mais loucas imagens, e eu tirava de letra.

Pois bem, expliquei isso, para mostrar que mesmo com medo, eu não admitia ter esse medo, e encarava os fatos para provar minha coragem. Mas então uma coisa começou a colocar isso realmente a prova.

Como já mencionei antes, não sei ao certo quando ou como isso começou, mas o fato é que em certa época, havia um grande quadro do Charlie Chaplin na parede da sala de minha casa, não lembro quando esse quadro foi posto lá, não sei se ele já não estava ali a mais tempo e eu não dava importância para ele, mas sei que a certa altura, comecei a sentir como se alguma coisa me observasse, uma sensação estranha, ruim, mas não dava muita bola. Me lembro que desde muito novo, ao menos uma vez na noite eu me levantava para ir ao banheiro fazer xixi, e para isso eu precisava passar pela sala. De começo, eu fazia esse caminho com as luzes apagadas, tranquilo, ligava a luz apenas do banheiro, mas toda a vez que eu passava pela sala, de frente para esse quadro sentia um arrepio, devo admitir que por vezes segurar o xixi ao passar pelo quadro era complicado.

Certa noite, fui ao banheiro, senti o arrepio, liguei a luz do banheiro, fiz xixi, e ao sair pela porta do banheiro e desligar a luz, senti um calafrio maior que o de costume, e fiz a bobagem de olhar em direção ao quadro, e não sei dizer o porquê, mas vi os olhos daquele quadro, em minha memória, vi apenas os olhos, não sei dizer se tinha alguma luz externa o iluminando, mas eu juro, eu vi apenas os olhos daquele quadro, e eles pareciam estar me olhando, congelei, não sei dizer se por alguns segundos ou minutos, mas o fato que aquela foi a primeira vez que realmente fiquei paralisado de medo. Depois dessa paralisia, liguei a luz da sala, mas não tive coragem de olhar para o quadro, sai correndo para meu quarto, sem olhar para trás, deixando a luz da sala ligada. No outro dia ao ser questionado, não lembro que desculpa eu dei para o fato, mas sei que não admiti que foi por medo.

Outra coisa interessante é que, no início, eu tinha medo daquele quadro apenas pela noite, o que parece até ser compreensível, mas depois de um tempo as coisas começaram a ficar pior, pois até mesmo de dia eu sentia um mal-estar ao passar por aquela janela para o inferno que chamavam de quadro. Lembro que em uma tarde estava sozinho dentro de casa, sentado em um sofá do lado esquerdo da sala, de frente para a televisão, senti aquele calafrio, olhei para o quadro e ele parecia estar olhando para mim, mudei de sofá, fui para o outro lado da sala, e lembro de mentalmente rir e pensar: “ agora tu não pode me ver! ” E fiz a besteira de olhar para aquele maldito quadro, e não é que o fdp parecia olhar para mim. Desta vez, sai de casa e fui até o comercio de meus pais, onde minha mãe estava trabalhando naquele momento.

As coisas continuaram assim, a noite para ir ao banheiro fazer xixi já ligava todas as luzes do caminho, do quarto, de um corredor que leva a sala, da sala e do banheiro, e as deixava ligadas ao voltar para o quarto, isso me renderam alguns xingões (broncas), e se tem coisa que eu nunca gostei foi ser xingado, e então numa dessas noites, eu sai do quarto no escuro passei pelo quadro e me arrepiei, atravessei a sala no escuro até o interruptor da luz, a liguei, voltei encarando o quadro, fiquei frente a frente com aquilo, meu cada pelo de meu corpo parecia querer fugir de meu corpo, de tão arrepiados, então simplesmente dei um soco no quadro. Antes de mais nada preciso esclarecer que sou grande desde pequeno (kkkkk), desde muito jovem sou grande, além de gordo, eu sempre fui forte, e ainda por cima fiz alguns anos de Taekwondo, então apesar da pouca idade, sabia bater com força e assim fiz, tanto que acordei todo mundo da casa pelo barulho do murro que dei no quadro. Fui fazer xixi, e então percebi que eu tremia, parecia que o meu medo inconsciente havia aumentado. Depois desse soco, não importava a hora do dia ou da noite, eu olhava para o quadro e o quadro estava me olhando, eu sentia claramente que havia alguma coisa que cuidava cada movimento que eu fazia, tentava esquecer, mas não tinha como, aquilo estava no meio de minha casa, para qualquer lugar que eu fosse passava por ele.

Os anos foram passando, eu cresci, e já estava na adolescência, saia do quarto no escuro para ir ao banheiro, mas sentia que aquele abominável daquele quadro me olhava, e não sei como explicar, pois, eu sei que ele me olhava, além de sentir, eu via aqueles malditos olhos me olhando. Os socos no quadro foram se tornando comuns, eu passava por ele e descia a porrada de verdade, minha mão chegava a marcar, e para aumentar minha raiva, aquele quadro não tinha um arranhão sequer. Eu batia com força suficiente para quebrar tijolos, e ele envergava e eu sentia meu punho bater na parede e o quadro parecia novo, recém pintado.

Certo dia eu tirei o quadro da parede e pisei nele, pulei sobre ele, e como já frisei antes, sou pesado, e ele continuou intacto, eu ia tentar quebra-lo, mas alguém chegando em casa me impediu. E certo dia lembro até de comentar com meu pai que eu não suportava aquele quadro, e ele riu de mim, e praticamente ignorou o que eu disse. Devo admitir que até sonhar com a figura do quadro aconteceu algumas vezes, eram sonhos estranhos, daqueles que queremos fugir e não conseguimos, e daí tentamos bater, mas não temos força, era bem desagradável.

Certo dia me acordo bem cedo para ir fazer xixi, e percebo que a luz da sala está ligada, estranho, me levanto e vejo meu pai na sala, passo por ele vou a banheiro, e só ao estar terminando de fazer xixi que percebi que não tive o já conhecido e habitual calafrio ao passar pelo quadro, a princípio achei que foi por estar distraído pelo fato de meu pai já estar de pé, terminei o que fazia, lavei as mãos, e sai do banheiro, olhei para a parede e o quadro não estava mais ali. Dei um sorriso, não falei nada, e meu pai disse:

— vai deitar, depois conversamos.

Sem questionar fui deitar, e devo dizer que dormi bem depois de saber que aquele quadro não estava mais ali.

Ao levantar pela manhã, sai do quarto e então junto com minha mãe e irmão meu pai em poucas palavras disse:

— Sonhei com o meu falecido irmão, e ele me disse para jogar esse quadro fora, pois ele não era coisa boa.

E só então neste momento, meu irmão e minha mãe também falam que morriam de medo daquele maldito quadro.



O quadro que estampa esse post e igual ao que eu tinha em casa.



E ai, o que acharam?

Se alguém já passou por algo parecido, e queira compartilhar, mande o seu relato para nós, pode ser pela nossa página no Facebook, ou para meu e-mail: marioresminjr@bol.com.br.


Escrito por: Mário Resmin Jr
De: Não Entre Aqui

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