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Fonte: Minasnerd

Eu estava em um lugar escuro mas sabia que era do lado de fora, eu corria o mais rápido que conseguia sem ter progresso, ouvi alguém chorar e não entendi.

Agora eu estava em uma cidade completamente abandonada, havia uma folha fina de água no chão, mas, foi o suficiente para  ver a criatura que estava na minha frente, ele era alto, usava bermuda onde a barra foi substituída por fogo, não conseguia ver seu rosto, ele tinha uma cartola tão negra que parecia sombra.

Ele começou a rir e eu fui tomada pela ânsia de correr o mais rápido que eu conseguia, em um segundo eu corria na água, no outro em uma estrada de chão, exatamente na rua em que morei quando pequena.

Eu o ouvia e sabia que ele estava vindo atrás de mim, quis correr e fugir, mas sabia que precisava ir atrás de alguém. Em um segundo estava de mão vazias no outro carregava meu irmão nos braços que havia acabado de nascer, ele chorava mas não saia voz de sua boca. O homem de cartola havia me dito que ele me deixaria em paz e devolveria minha mãe se eu cortasse os lábios do meu irmão e desse para ele em troca.

Eu entrei em desespero não poderia ferir meu irmão. Em um momento de mão vazias, no outro uma tesoura afiada me dava a opção de cortar e o ver sangrar até a morte. Então joguei ao homem os lábios que havia pedido, mas a farsa não durou muito pois eram pedaços de papel em desenho. Meu irmão não estava em meus braços mais e eu corria desesperadamente chegando a um enorme buraco cheio de mulheres nuas gritando palavras irreconhecíveis.

Eu não queria escutar nenhuma delas, mas, fui forçada de algum jeito a olhar. Ao centro de tudo pude ver uma enorme elevação de madeira em formato de cruz, uma cerca me separava da pessoa pressa nessa elevação.

Minha mãe estava completamente nua e presa, marcas de agressão e sangue eram visíveis em sua pele,  a gritei e ela não me respondeu.

Mãe... Mãe... MÃE

Eu a gritei em vão, ouvi risadas e entrei em desespero.

Então acordei, e não esqueço até hoje.


Escrito por: Camila Cruz
De: Não Entre Aqui

Pesadelos reais de Camila Cruz.

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